[vc_row][vc_column][vc_column_text]A dança é movimentar o corpo de forma ritmada no espaço e no tempo. É uma forma de expressão humana universal que está presente desde os inícios da história da humanidade, em todas as culturas e de variadas formas: manifestações artísticas, divertimentos, cerimónias e terapias.

A dança, como uma forma de arte, praticada por bailarinos profissionais,  contribui para que estes possuem um maior controlo sensório motor, nomeadamente uma maior otimização de sinergias motoras, demonstradas por uma maior precisão de movimento, um maior equilíbrio  estático e dinâmico, um maior controle da velocidade de movimento, maiores habilidades propriocetivas, melhor coordenação entre membros, assim como aquisição de competências cognitivas específicas que permitem uma coordenação perfeita entre o cérebro e o corpo, o que possibilita a concretização de coreografias de dança altamente específicas.

No campo terapêutico, em condições como o envelhecimento, Parkinson, Demências, AVC, Paralisia Cerebral entre outras, a dança também poderá ser utilizada como uma estratégia de treino de controlo sensório motor, uma vez que nesta está incorporado o movimento associado ao ritmo, a referências visuais e a um ajustamento no tempo e no espaço. Assim, a dança como uma multitarefa, ativa vários circuitos neurais, contribuindo para uma maior variabilidade e especificidade do movimento motor. Ainda, o facto de esta se mostrar intrinsecamente motivadora à concretização do movimento, proporciona uma maior integração e significado funcional deste ao nível do sistema nervoso, contribuído para produção de mudanças significativas nos padrões de atividade neural e por conseguinte no controlo sensório motor.

Autor:
Dra. Marta Perestrelo – Fisioterapeuta

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