[vc_row][vc_column][vc_column_text]Qual o ponto chave para o desempenho, o ciclista ou a bicicleta?

Será o Bike Fit suficiente para a performance desportiva?

 

O desempenho do ciclismo é afetado pela interação de uma série de variáveis, incluindo fatores ambientais, mecânicos e humanos. Atualmente os engenheiros concentram-se no projeto e no desenvolvimento de bicicletas mais rápidas e eficientes com base na minimização do vetor aerodinâmico, negligenciando o componente humano (postura do ciclista e história clínica, por exemplo). Por outro lado, os biomecânicos e especialistas, em análise postural (RPG) examinaram o desempenho do ciclismo a partir de uma perspectiva humana, mas foram restringidos pela estrutura de uma bicicleta padrão.

 

Desta forma, existe uma lacuna entre as avaliações que são realizadas no mundo do ciclismo, prova disso é a recorrência de lesões nesta modalidade e de se observar várias ciclistas com lesões crónicas ou persistentes. Para maximizar / otimizar o desempenho do ciclista, é fundamental um preenchimento dessa lacuna através de pesquisas interdisciplinares entre engenheiros e profissionais de saúde.

 

O desempenho pode ser alcançado pela alteração das diferentes variáveis ​​ ​​incluindo:

  • mudanças na posição do corpo
  • configuração e orientação
  • mudanças na distância do assento para o pedal;
  • interação da carga de trabalho, potência e cadência

 

Estas modificações ​​alteram os ângulos das articulações, os comprimentos musculares e os comprimentos da alavanca do músculo, afetando assim as relações de comprimento de tensão, força-velocidade-potência e por fim a eficácia da produção da força durante a prova.

 

Fazendo um paralelismo entre o atletismo e o ciclismo, no atletismo os especialistas em avaliação postural e biomecânica para modificarem e otimizarem a performance necessitam apenas de corrigir o calçado, a técnica de corrida e a postura do atleta. No ciclismo, a bicicleta é a grande aliada do ciclista e, por isso, é necessário corrigir os dois. Não basta alterar a bicicleta na posição estática sem declive e otimizá-la para velocidade (por exemplo como no bike fit), quando no BTT por exemplo, os ciclistas estão sujeitos a diferentes tipos de piso, declives e obstáculos que alteram totalmente a postura e as variáveis do pedal. Antes da bicicleta devemos trabalhar o ciclista, não podemos ser bons ciclistas, sendo rápidos em algumas provas, temos de ser consistentes e rápidos na grande maioria das provas, e isso alcança-se prevenindo lesões e aumentando a performance desportiva.

 

Deste modo, o recurso a tratamentos como a Reeducação Postural Global Desportiva, a Performance em Movimento e o Treino Específico para atletas, permite melhorar o desempenho desportivo dia após dia, e uma melhor capacidade de adaptação às alterações e exigências posturais em cima da bicicleta.

 

 

Autores: Dra. Mariana Machado – Fisioterapeuta/Osteopata, especialista em RPG e Human and Sport Performance

                 Dr. Bruno Ferreira – Fisioterapeuta/Osteopata, especialista em desporto e traumatologia[/vc_column_text][vc_btn title=”Marcar consulta” size=”lg” align=”left” custom_onclick=”true” link=”url:https%3A%2F%2Fwww.osteoperformance.pt%2Fmarcarconsulta” custom_onclick_code=”window.history.back()”][/vc_column][/vc_row]