A asma apresenta-se como uma inflamação crónica das vias aéreas, tornando-as mais estreitas e dificultando a passagem do ar. À medida que a doença evolui, vão surgindo sintomas como a dificuldade em respirar, a pieira, a tosse, cansaço e opressão torácica.
A asma é uma doença dependente da carga genética, que vai condicionar a maior probabilidade de ocorrência da doença, no entanto é a exposição ambiental que vai condicionar o aparecimento e a própria gravidade da doença.
A asma é muito frequente na criança e em idade pré-escolar deve ser classificada como uma síndrome. O diagnóstico é maioritariamente clínico e, para além dos sintomas, é muito importante conhecer os seus fatores de agravamento e de alívio, a história familiar de asma e doenças alérgicas, a existência de outras doenças alérgicas na criança, como a rinite ou o eczema atópico e o ambiente social e familiar.
Existem diferentes “tipos de asma” em idade pediátrica:
Sibilância precoce transitória que pode surgir nos primeiros meses de vida e desaparece após os 3 anos de idade, tendo por isso um bom prognóstico. De forma quase universal, as crises são desencadeadas por vírus.
Sibilância não atópica pode também surgir nos primeiros meses de vida e apresenta uma etiologia viral, no entanto, esta variante apresenta maior sensibilidade ou reatividade das vias aéreas, provocando crises mais frequentes e mais graves que tendem a atenuar-se significativamente até ao início da adolescência.
sibilância atópica que consiste na maioria dos casos de asma pediátrica que persiste para a idade adulta. Pode ser desencadeada em qualquer idade, mas mais frequentemente a partir dos 2 ou 3 anos. e pode ter uma gravidade variável; ou estar associada a outras doenças alérgicas. De todas as variantes pediátricas, a atópica é aquela em que pode ocorrer declínio da função respiratória.