BIRRAS? COMO LIDAR COM ELAS…
Devemos associar sempre um comportamento desagradável com problemas de disciplina? Claro que não! As falhas de conduta podem ser resultantes de uma necessidade física ou afetiva. A criança que está com fome aborrece os adultos, é resmungona, não pára quieta e discute facilmente. Uma criança cansada pode tornar-se agressiva, agitada, verdadeiramente insuportável. Uma criança que está doente pode, pelo contrário, mostrar-se apática, chorona ou irritável.
Por vezes, basta suprir a necessidade biológica para neutralizar ou atenuar estas atitudes perturbadoras. Se os educadores ignoram esta necessidade física e a contrariam, obrigando a criança a estar inativa durante várias horas, será normal/provável que surjam comportamentos inadequados. O simples facto de dar à criança a possibilidade de se mexer, por exemplo, através de um passeio pelo parque onde pode correr e fazer exercício, pode melhorar a sua conduta.
Quando a criança é muito nova, não tem consciência das reações que o seu corpo provoca. Cabe, portanto, ao adulto estar atento e compreender que os fatores físicos podem alterar o comportamento do seu filho/a. Consequentemente, se o adulto tiver oportunidade de o ajudar a reconhecer essas situações, a criança que está em formação torna-se cada vez mais consciente dos fatores físicos capazes de alterar o seu comportamento, e aprende progressivamente a controlar esses fatores.
Assim, cada vez que a criança exibe um comportamento desagradável, o progenitor ou educador deve averiguar, em primeiro lugar, se esse comportamento não resulta de uma necessidade energética. Se for esse o caso, o simples facto de satisfazer essa exigência será o bastante para modificar positivamente a conduta infantil.