“Sinto muitas dores menstruais, mas isso é normal…”
A dismenorreia, termo médico utilizado para caracterizar a dor menstrual, é um distúrbio menstrual definido pela presença de cólicas dolorosas de origem uterina que ocorrem durante a menstruação.
Que tipos de sintomas poderão estar associados?
-Dor abdominal;
-Dor pélvica;
-Dor lombar;
-Cefaleias;
-Náuseas;
-Vómitos;
-Fadiga;
-Diarreia;
-Mal-estar;
-Etc.
Apesar da sua elevada prevalência, a dismenorreia é uma queixa subestimada, pois muitas mulheres consideram a dor uma parte normal do ciclo menstrual e não procuram tratamento, apesar do sofrimento considerável que experimentam.
Mas então é normal sentir dores menstruais?
NÃO!! A dor menstrual apesar de recorrente não é normal!!
A dismenorreia quando se manifesta é sinal que existe alguma alteração do funcionamento do sistema ginecológico da mulher.
Com base na sua fisiopatologia, a dismenorreia é classificada em dois tipos:
– Dismenorreia primária, que é a dor menstrual associada a ciclos ovulatórios normais, sem patologia pélvica e sem etiologia fisiológica clara. É a mais comum em adolescentes e adultos jovens.
– Dismenorreia secundária, que é a dor menstrual associada a uma doença identificável (endometriose, miomas, adenomiose, aderências pélvicas, pólipos no endométrio, doença inflamatória pélvica, etc) ou ao uso do dispositivo anticoncepcional intrauterino.
Apesar da sua etiologia ainda não estar bem definida, estudos recentes consideram que a dismenorreia primária pode ter origem em aderências, cicatrizes, alteração do posicionamento e da mobilidade visceral (em especial das vísceras que constituem o sistema ginecológico), alteração das pressões intracavitárias; alterações do fluxo sanguíneo e/ou linfático local; desequilíbrios do sistema neuroendócrino e glandular, assim como em alterações do sistema estrutural, em especial da região pélvica (sacro, lombar/coluna vertebral, tensões alteradas da musculatura do pavimento pélvico, etc);
O que devo fazer no caso de apresentar este tipo de sintomas? A medicação é a única solução?
Não!!
A primeira linha de tratamento pode passar por sessões de Osteopatia aliadas a sessões de Fisioterapia Pélvica.
Uma alimentação equilibrada associada a um maior consumo de fontes de ómega-3 e 6 pode ajudar nestas condições.
A Osteopatia e a Fisioterapia Pélvica podem ajudar no tratamento dos sintomas, no entanto, a abordagem deverá ser multidisciplinar e interdisciplinar.